VATICANO: Eleição do novo Papa em conclave

133 cardeais vão ser responsáveis por escolher o futuro Papa. Segundo as actuais normas da Igreja Católica, entram em Conclave para eleger o Papa apenas os cardeais que não tenham já cumprido 80 anos de idade no primeiro dia da Sé vacante.

O Colégio Cardinalício tem hoje 252 membros (135 eleitores, 117 cardeais com mais de 80 anos).

No Conclave vão estar presentes D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco, elevando para 14 o número de cardeais portugueses a participar em eleições pontifícias desde 1903.

108 dos cardeais eleitores foram escolhidos pelo Papa Francisco, 22 por Bento XVI e 5 por São João Paulo II. Ao longo do seu pontificado, Francisco convocou dez Consistórios, nos quais criou 163 cardeais, entre eles os quatro eleitores portugueses.

A média de idades dos 133 cardeais que votam ronda os 70 anos e meio. 56 eleitores têm 75 ou mais anos; o grupo inclui 18 cardeais com 60 anos ou menos, entre eles os portugueses D. José Tolentino Mendonça (59 anos) e D. Américo Aguiar (51 anos), o terceiro mais jovem do Colégio Cardinalício.

Neste Conclave, a Europa representa 39% do total, com 53 eleitores (alguns dos quais com responsabilidades eclesiais noutros continentes), a América com 37, a Ásia com 24, África com 18 e a Oceânia com 4. Os 10 países com mais eleitores são a Itália (17 cardeais), EUA (10), Brasil (7), França e Espanha (5 cada), Argentina, Canadá, Índia, Polónia e Portugal (4 cada), num total de 64 cardeais (47% do total).

Os Conclaves realizados nos séculos XX e XXI, foram sempre concluídos até cinco dias após o seu início, num máximo de 14 escrutínios que aconteceu em 1922, com a eleição de Pio XI. Para a eleição de um novo Papa é necessária uma maioria de dois terços e as votações continuam até que um candidato obtenha a maioria necessária.