SÍNODO: Fórum aberto em Pinhel por uma Igreja mais humanizadora

A paróquia de Pinhel realizou um “fórum aberto” para reflectir sobre a Igreja, no dia 12 de Março, no auditório da antiga PinhelCoop. Esta iniciativa aconteceu por ocasião da fase diocesana do Sínodo “por uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão”, no seguimento da sugestão da Comissão Sinodal da Diocese da Guarda.

O diálogo, moderado pelo pároco de Pinhel, padre Jorge Castela, contou com a participação de algumas dezenas de participantes para além dos cinco convidados representativos de alguns âmbitos fora do âmbito eclesial: o presidente da Camara Municipal de Pinhel, Rui Ventura, representando a “política”; Anabela Pedroso, Juiz de Direito do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco, representando a “justiça”; o director do agrupamento de escolas de Pinhel, o professor José Vaz, representando a “educação”; o médico aposentado Rui Gonçalves, antigo director do Centro de Saúde de Pinhel, representando a “saúde”; e o professor Aleixo Simões, organizador de eventos culturais e escritor, representando a “cultura”.

Na mesa estiveram perguntas como o futuro da Igreja, o que se poderia ou deveria melhorar na Igreja, que espaço é dado a cada um na Igreja, como esta comunica e exerce a autoridade, qual a opinião que se tem da hierarquia da Igreja, entre outras.

Os convidados foram de opinião unânime de que a Igreja precisava deste tipo de abertura e de participação mais generalizada e menos concentrada na sua estrutura hierárquica. Para além de alguns temas fracturantes como a inclusão das mulheres ou os novos modelos de família, apontaram-se caminhos para a Igreja do futuro, sobretudo para uma Igreja mais humanizadora e menos encerrada em si mesma.

Após duas horas e meia de um diálogo aberto e sugestivo, os participantes mostraram vontade de repetir a experiência. A paróquia de Pinhel está mesmo a equacionar a hipótese de realizar novo “fórum aberto” na Escola Secundária de Pinhel, com os seus alunos.

in Jornal A Guarda