SÍNODO: 365 membros vão ter direito a voto, incluindo 54 mulheres

O Vaticano divulgou a lista final de participantes na primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos (4 a 29 de outubro), elencando 365 membros com direito a voto.

Em 2021, o Papa tinha nomeado a religiosa francesa Nathalie Becquart como subsecretária do Sínodo dos Bispos, que se tornou a primeira mulher com direito de voto na assembleia sinodal; em outubro, esse número chegará a 54 mulheres, entre leigas e religiosas.

A lista inclui dois bispos chineses, D. António Yao Shun, da Diocese de Jining/Wumeng, e D. José Yang Yongqiang, bispo de Zhoucun, com o acordo das autoridades de Pequim; o grupo conta ainda com o bispo de Hong Kong, D. Stephen Chow, que vai ser criado cardeal a 30 de setembro.

Além do elenco de participantes, a Santa Sé divulgou os principais momentos dos trabalhos, com vários encontros de oração.

Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação, disse aos jornalistas que “o Sínodo é oração, um momento de discernimento comunitário, distinto do somatório das intervenções individuais”.

A sessão sinodal é precedida por uma vigília ecuménica, a 30 de setembro, na Praça de São Pedro, intitulada ‘Together’ (Juntos); o programa de três semanas da assembleia começa com a Missa presidida pelo Papa, a 4 de outubro, e inclui uma peregrinação (12 de outubro), uma oração pelos migrantes e refugiados (19 de outubro) e a recitação do Rosário nos jardins do Vaticano (25 de outubro).

Os trabalhos vão decorrer em volta de cinco pontos, sobre as quatro partes do instrumento de trabalho e o debate conclusivo.

As reflexões são desenvolvidas em 35 grupos de trabalho linguístico (círculos menores), constituídos por 11 pessoas e um “facilitador”, incluindo um grupo de língua portuguesa.

Aos 365 votantes somam-se, sem direito a voto, 12 representantes de outras igrejas e comunidades cristãs (delegados fraternos), oito convidados especiais e colaboradores da Secretaria-Geral do Sínodo.

Outras 57 pessoas, entre elas 20 mulheres, vão participar como peritos, à imagem do que acontecia no passado, ou “facilitadores”, ou seja, “pessoas especializadas cuja missão é facilitar os trabalhos nas diferentes fases”, sem direito a voto.

A primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos vai decorrer de 4 a 29 de outubro de 2023, com o tema ‘Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação, missão’; Francisco decidiu que a mesma terá uma segunda etapa, em 2024.

Para evitar o desperdício de papel, os participantes vão contar, no Auditório Paulo VI, com tablets para votar, descarregar e ler documentos.

Sínodo dos Bispos pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.

 

mais em AGÊNCIA ECCLESIA