MISSÃO: Agentes pastorais assassinados em 2021

A Agência Fides, do Vaticano, informou que 22 missionários foram assassinados em 2021, entre leigos, sacerdotes, religiosos, seminaristas e catequistas católicos. O relatório anual sublinha que o ano ficou marcado ainda pelo impacto de vários conflitos, como no Sudão do Sul e Mianmar, na vida das comunidades cristãs.

No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, mais de 35 civis, todos católicos, foram mortos pelos militares de Mianmar e os seus corpos queimados. Já na Diocese de Tombura-Yambio, no Sudão do Sul, 16 pessoas, incluindo catequistas e agentes pastorais foram mortos em 2021 durante os confrontos armados. Estes números não são incluídos na listagem, que aborda especificamente a morte de missionários. Em 2021, a África teve 11 casos de assassinatos e o continente americano registou 7 mortes; na Ásia foram mortos 3 missionários e a Europa registou o homicídio de 1 sacerdote, na França. Segundo a Fides, entre 1990 e 2000 houve registo de 604 missionários mortos. Já nos anos 2001 a 2020, o número total de agentes pastorais mortos foi de 505.

Os lugares de culto são alvos fáceis

Os lugares de culto de diferentes religiões são os alvos mais fáceis de ataques terroristas na Europa: entre os 282 ataques terroristas já ocorridos na Europa, um total de 63 (ou seja, 22,3%) teve como objectivo uma igreja, mesquita, sinagoga ou outros lugares de culto. Os dados são recolhidos pela GlobalTerrorism Data, base de dados global sobre terrorismo, e foram divulgados numa reunião do projecto Safer and Stronger Communities in Europe, promovida em Lisboa pela Conferência das Igrejas Europeias (CEC) e pelo Conselho Português de Igrejas Cristãs (Copic).