Mais de metade da humanidade com restrições à Liberdade Religiosa

Dois terços da população do mundo, num terço dos países, vivem situações de discriminação ou perseguição por causa da sua fé religiosa, e os cristãos continuam a ser o grupo mais perseguido, situação que pandemia ajudou a agravar. A situação piorou nos últimos dois anos, diz o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo (RLRM), acabado de publicar pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) e respeitante aos anos de 2019-2020.

No mapa-mundo das violações, a mancha vermelha onde corre mais sangue, tortura, discriminação ou intolerância situa-se numa larga faixa que abrange um vasto território que vem desde o Extremo Oriente asiático (Coreia do Norte, China, países do Sudeste asiático, Índia), passa depois para o Médio Oriente (onde Israel, Palestina e Líbano são as únicas excepções, ainda que sob vigilância), continua pelo Norte de África e desce, depois, por grande parte dos países da África Central.

Europa, Américas, Austrália e Nova Zelândia são as zonas do mundo mais respeitadoras da liberdade religiosa, com algumas excepções Em dez tópicos, o relatório resume a situação: radicalização de milícias que se reivindicam religiosamente do islão e que recrutam membros através de plataformas digitais; culpabilização das minorias religiosas pela pandemia; intensificação da perseguição a crentes e violência sexual utilizada contras as minorias; tecnologias mais e mais sofisticadas de “vigilância repressiva” usadas contra vários sectores, entre os quais os grupos religiosos no topo.

A síntese do relatório e o documento completo podem ser consultados na página da AIS. Mais informações em Agência Ecclesia ou 7Margens.