IGREJA: Mais de uma centena de religiosos mortos, raptados ou presos em 2022

Ao longo de 2022 houve o assassínio de, pelo menos, 17 sacerdotes e irmãs e um total de 42 padres sequestrados em diferentes países. Houve ainda mais de 32 casos de pessoas ligadas à igreja que foram detidas, sob ameaça”, revela a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).

De acordo com dados recolhidos, só na Nigéria foram mortos sete sacerdotes. Quatro, no desempenho das suas missões na Igreja, e mais três que acabariam assassinados após terem sido vítimas de rapto. Já este ano, há duas semanas, um grupo de bandidos atacou uma casa paroquial em Kafin-Koro, matando o padre Isaac Achi e ferindo o padre Collins nas costas enquanto tentava fugir. Com a chegada das forças de segurança, os agressores saíram da casa incendiando-a e causando a morte do pe. Achi.

O continente africano tem sido palco de muita desta violência contra a Igreja. Sinal disso, foi em África que perderam a vida quatro das cinco religiosas assassinadas em 2022 no desempenho das suas missões.

No México, “três padres foram vítimas dos cartéis da droga que têm o país sequestrado pela crueldade e medo, enquanto na parte oriental da República Democrática do Congo dois sacerdotes foram baleados mortalmente também durante o corrente ano”, denuncia a fundação pontifícia.

Sinal também da violência contra a Igreja é o número elevado de raptos de sacerdotes e irmãs. Durante 2022, houve um total de 42 padres sequestrados em diferentes países. Outro país no centro das preocupações da Fundação AIS é a Nicarágua. Onze membros do clero foram detidos ao longo dos últimos meses em que se registou uma crescente hostilidade por parte das autoridades face à Igreja. Entre os detidos há, pelo menos, dois seminaristas, um diácono, um bispo e sete sacerdotes.