FESTAS: Pereiro vai honrar Nossa Senhora da Ajuda na ermida em seu nome

As comunidades de Pereiro, Gamelas e Mangide, que formam a paróquia de Pereiro, vão rumar à ermida de Nossa Senhora da Ajuda, para a honrar.

No dia 17, sábado, haverá  eucaristia às 21h00 seguida  de procissão de velas.

No dia 18, Domingo, dia principal da festa, haverá Eucaristia solene às 15h30, seguida de procissão.

O programa cultural da festa contempla actividades de convívio.

Nossa Senhora da Ajuda

Conta a tradição que o culto a Nossa Senhora da Ajuda teve início na Idade Média, quando Maria era invocada para proteger navegadores e caravelas que enfrentavam perigos ao atravessar mares e oceanos. A partir daí, surgiram muitas capelas na orla marítima da Europa.

O título Nossa Senhora da Ajuda pode ser atribuído também a Maria, que tanto sofreu vendo a agonia do seu filho Jesus no calvário. Ali, diante de tanto sofrimento, ela pedia ao Pai para ajudar seu menino. A Virgem Maria associada ao sofrimento de Jesus é nossa intercessora, pois recebeu dEle o poder de nos ajudar em situações difíceis.

in “Portugal antigo e moderno”, de Pinho Leal, (1876, vol 7 , pág 256)

Houve aqui (em Gamelas) uma ermida, dedicada a Nossa Senhora de Magide, cuja origem, segundo a lenda, foi a seguinte:

No século XII, se reuniram os cristãos destas terras, com grande ânimo, e confiados na protecção da Santíssima Virgem, e no sítio onde depois se edificou a ermida (que é em um ermo) atacaram uma legião de mouros, à voz de “A virgem me ajude” — e alcançaram uma grande vitória, expulsando para sempre os árabes deste país; e, em acção de graças, edificaram a capela, colocando no altar-mor (o único) a imagem de Nossa Senhora, que haviam mandado fazer, e à qual deram o titulo de Nossa Senhora Ajude, que se veio a corromper em Nossa Senhora de Magide.

Antigamente, ia todos os anos, a câmara e o povo de Pinhel, e seus arrabaldes — ao menos, uma pessoa de cada casa — em cumprimento de um voto antiquíssimo, em procissão a esta capela, na 2.ª feira depois da “dominica in albis”.

Ainda em comemoração desta vitória, o povo da aldeia de Vale de Madeira, a uns 3 quilómetros da capela, saía com uma bandeira, a esperar o povo e câmara de Pinhel, que lhe dava um ataque simulado, tomando-lhe a bandeira (pois os desta aldeia faziam o papel de mouros) e depois, se juntavam todos, e iam para o templo.