DIOCESE: Conselho Presbiteral dedicado aos ministérios laicais e unidades pastorais

Ministérios Laicais para uma Igreja Ministerial e Unidades Pastorais são dois principais assuntos em análise, no Conselho Presbiteral da Diocese da Guarda, que está marcado para o dia 17 de Fevereiro, a partir das 10.30 horas, no Seminário da Guarda.

Tendo presente o documento da Conferência Episcopal Portuguesa – Ministérios laicais para uma Igreja Ministerial (de Junho de 2022), os membros deste órgão consultivo vão olhar para os Ministérios de Leitor e de Acólito, tendo em conta a experiência que já é feita destes serviços nas comunidades, embora ainda não estejam instituídos.

Quanto ao Ministério do Catequista, declarado Ministério Instituído pelo Papa Francisco, o Conselho presbiteral é convidado a pronunciar-se sobre o perfil do candidato a Catequista instituído; as tarefas que lhe devem ser pedidas; e a formação que lhe deve ser proporcionada e pedida.

Outro dos assuntos em análise tem a ver com as unidades pastorais. No itinerário de reorganização pastoral da Diocese, pedido pela Assembleia Diocesana de 2017, a Diocese deu alguns passos nomeadamente: definição dos critérios para os arciprestados, serviços diocesanos e unidades pastorais; Implementação dos arciprestados e dos serviços diocesanoss
Neste processo continua por concretizar o ponto relacionado com as unidades pastorais.

O Conselho Presbiteral também é chamado a pronunciar-se sobre a renúncia quaresmal deste ano.

in Diocese da Guarda

 

De seguida, o comunicado final:

Reuniu, na passada sexta-feira, dia 17 de fevereiro de 2023, em sessão ordinária, o Conselho Presbiteral da Diocese da Guarda. Como não podia deixar de ser, começou por analisar a situação decorrente do relatório da Comissão Independente para o estudo de abusos na Igreja em Portugal, publicado na segunda-feira anterior.

O Conselho manifestou profundo pesar perante os testemunhos referenciados e o propósito de contribuir para ajudar as vítimas a superar o seu drama e lhes seja feita a devida justiça.

Refletiu, de seguida, sobre como implementar, nas comunidades, os três ministérios instituídos de Catequista, Acólito e Leitor, de acordo com as normas canónicas mais recentes. O sentir comum dos conselheiros, em representação dos respetivos arciprestados, foi que temos pela frente longo caminho a percorrer. Há o risco da clericalização, que temos de saber superar, desde o início, a começar por critérios bem definidos para discernir bem a escolha dos candidatos. Faltam-nos programas de formação que, sendo sérios, sejam também adaptados aos diferentes candidatos e seus contextos. Insistiu-se nas vantagens de conjugar bem a formação presencial com a formação à distância, levando em linha de conta a experiência que a pandemia nos obrigou a fazer e, a propósito, foi citada a formação à distância programada pela Universidade Católica, que pode ajudar. Apontaram-se as vantagens de haver um manual de fácil utilização e que possa ser monitorizado por formadores, com maior proximidade, o Pároco ou outros.

Quanto às unidades pastorais, mais uma vez se insistiu em que não devem ser constituídas à custa da eliminação de paróquias. Por sua vez, impõe-se um maior esforço para mudar a mentalidade das pessoas, incluindo dos próprios sacerdotes, fazendo compreender e experimentar que a união de várias comunidades, com a sua história e tradição próprias, tem sempre mais vantagens do que prejuízos.

Ao definir os grupos de paróquias em caminho para serem unidades pastorais, há que fazê-lo com visão de futuro. Impõe-se, de imediato, programar para cada um desses conjuntos celebrações e formações comuns, como também ministérios partilhados. Não podemos ignorar as expetativas legítimas quer dos sacerdotes quer dos fiéis em geral, mas faltam-nos algumas experiências que possam ser apresentadas como modelo inspirador dos vários percursos.

Ficou decidido orientar a renúncia quaresmal deste ano para as vítimas do terramoto da Turquia e Síria, através da Caritas Diocesana e a Internacional e destinar uma parte para apoiar jovens carenciados, que, de outra maneira, não poderiam participar na Jornada Mundial da Juventude marcada para o próximo Verão.

18.2.2023

O Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral

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