CATEQUESE: paroquia de Pinhel adopta Carlo Acutis como padroeiro da catequese

Na celebração de abertura solene da Catequese, no passado dia 13 de outubro, na igreja de S. Luís, com uma igreja repleta de catequisandos e seus pais, o pároco e o secretariado da Catequese de Pinhel, deram a conhecer que a catequese paroquial decidiu adoptar o jovem Carlo Acutis como padroeiro da catequese paroquial de Pinhel e ser motivo de entusiasmo e exemplo para as crianças, adolescentes e jovens que fazem parte desta caminhada catequética em Pinhel.

O jovem santo, que nasceu em 6 de maio de 1991 e faleceu a 12 de outubro de 2006, será canonizado em breve.

O secretariado está a preparar o necessário para  que a sua imagem esteja presente em todas as actividades e espaços da catequese.

Ao longo do ano, vai decorrer uma campanha na catequese para no final do ano catequético ser adquirida uma imagem para se disponibilizar ao culto.

 

Mas quem é Carlo Acutis e o que tem de especial ?

Carlo Acutis nasceu a 3 de maio de 1991 em Londres -Inglaterra- (foi baptizado a 18 de maio desse ano), mas viveu a maior parte de sua vida entre Milão e Assis, na Itália. Pouco depois de nascer, os pais foram residir para Itália. Era um rapaz normal, um adolescente de calças de ganga e sapatilhas que estudava, brincava, gravava vídeos.Tocava saxofone, jogava futebol e divertia-se a jogar play-station. Para além de gostar de estar com os amigos, gostava muito da natureza e dos animais. Uma das suas maiores paixões era a informática. Mas a maior paixão era Jesus: “Estar sempre com Jesus, este é o meu projeto de vida” (disse um dia).

Embora seus pais não frequentassem a Igreja, começou cedo a manifestar grande interesse pelo Senhor. Com 7 anos de idade recebeu a Primeira Comunhão e a vida dele tornou-se muito mais íntima de Jesus, presente na Eucaristia, chegando ao ponto de participar quase todos os dias na missa e fazer adoração ao Santíssimo, antes ou depois da missa. “Desde pequeno, sobretudo depois da primeira comunhão, nunca faltou ao encontro diário com a Santa Missa e o Rosário, seguidos de um momento de adoração eucarística”, disse sua mãe, Antonia Acutis, à agência de notícias católica ACI, durante a beatificação. “A Eucaristia é a minha Via expressa para o Céu)” (disse um dia).

Como tinha descoberto em Jesus um grande amigo, queria partilhar esse precioso tesouro com todos, tornando-se assim um apóstolo. Como? Por meio do que mais gostava: tecnologia da informação.Como também tinha um grande interesse pela informática e pela tecnologia, decidiu usar a sua habilidade para evangelizar, para divulgação de conteúdos católicos, onde se destacou, mais uma vez, o seu amor pela eucaristia, pois criou um site sobre os milagres eucarísticos (milagres que provam a presença real de Jesus na hóstia consagrada), com uma catalogação rigorosa desses milagres pelo mundo fora, com muita pesquisa, viagens de investigação, fotografias e descrições históricas que resultaram na criação de 163 paineis/relatos.

Confessava-se com frequência: “Assim como para o balão subir precisa de descarregar peso, também a alma para subir ao céu precisa de livrar-se dos pequenos pesos que são os pecados veniais”

Também era muito devoto da Virgem Maria (visitou o santuário de Fátima), e rezava o terço todos os dias. Dizia que a “virgem Maria era a única mulher da sua vida”

Os pilares de sua espiritualidade eram Nossa Senhora e a Eucaristia, que encontrava todos os dias no altar e também na busca pelos pobres. Apesar de fazer parte de uma família abastada, vivia de um modo simples. Com as primeiras economias, decidiu comprar um saco-cama para dar a um mendigo por quem passava quando ía para a missa. Em casa, pedia para colocar a sobra de comida em recipientes, para então levá-la aos sem-abrigo. Entre as tantas histórias, há também aquela sobre os porteiros de alguns imóveis próximos a sua escola. “Quando ele saía de bicicleta de manhã, parava para conversar com essas pessoas, sobretudo imigrantes pertencentes a outras religiões”.

Em setembro de 2006, surgiram os primeiros sinais de doença de uma leucemia fulminante. Com total confiança, entregou a Deus o pouco tempo de vida que lhe restava. Quando os médicos lhe contaram a verdade sobre sua doença no hospital, Carlo Acutis não chorou. Ao contrário, ofereceu seus sofrimentos e sua vida pelo Papa e pela Igreja: “Eu ofereço todo o sofrimento que hei de ter pelo Senhor, pelo Papa e pela Igreja”, teria afirmado o menino. Morreu passado um mês, a 12 de outubro de 2006 em Monza (Itália), apenas com 15 anos de idade. No dia do seu funeral estava tudo lotado.

Desde 6 de Abril de 2019, os restos mortais de Carlo estão em repouso no Santuário da Alienação de Assis, porque ele dizia que o seu lugar favorito era Assis. O Papa Francisco beatificou-o em 10 de Outubro de 2020.

Foi um dos modelos da exortação Christus Vivit (para os jovens) e foi um dos patronos da JMJ de Lisboa. Não se sabe ainda a data da sua canonização.

 

MEU JESUS

Tal como o teu amigo Carlo Acutis,
Também eu te quero amar
E estar sempre contigo!

Ajuda-me, como o ajudaste a ele,
a encontrar na Eucaristia
o centro da minha vida.

Peço-te um coração humilde e uma força gigante,
Para poder ser, como o jovem Carlo,
testemunha do teu Amor!

Estar sempre com Jesus, este é o meu projeto de vida” – Carlo Acutis

3 de maio de 1991 – 12 de outubro de 2006.